terça-feira, 25 de novembro de 2008

Resposta orgânica ao trauma

esse é um texto explicativo que tive acesso para esclarecer o que ocorre no corpo apos uma cirugia, esta meio incompleto mais ajuda


Resposta orgânica ao trauma
INTRODUÇÃO
Por justos motivos, o trauma tem sido visto como um dos grandes flagelos da sociedade contemporânea.
Por outro lado, não há dúvida de que, na evolução filogenética do homem, através dos milênios, o trauma desempenhou um fundamental papel na seleção natural dos espécimes mais resistentes.
As agressões físicas fizeram parte da vida do homem desde seus primórdios e exigiram que houvesse uma progressiva adaptação orgânica da espécie.
Em outras palavras, o trauma contribuiu para a lenta mas inevitável incorporação ao patrimônio genético da espécie humana, de características altamente favoráveis para sua própria defesa e sobrevivência.
Exemplos gritantes desta adaptação nos são dados pela resposta hemodinâmica e celular à perda de sangue ou, de forma mais exuberante, pela resposta metabólica à agressão.
Quando a volemia se reduz de modo significativo, ocorrem numerosos fenômenos integrados e complementares de resposta homeostática. Para citar os mais importantes:
1. O coração aumenta a freqüência de seus batimentos e a intensidade de suas contrações;
2. as veias reduzem sua capacidade, aumentado a volemia efetiva;
3. a microcirculação responde com adaptação específica regional, de modo a privilegiar a circulação de órgãos de importância prioritária para o organismo;
4. a redução da pressão hidrostática no interior dos capilares favorece a transferência de água e eletrólitos do interstício para a luz dos vasos;
5. o líquido assim transferido, por ser acelular e pobre em proteínas, diminui a viscosidade sangüínea, facilitando a circulação no interior dos capilares;
6. as células passam a adotar um mecanismo alternativo emergencial de produção de energia menos dependente da oferta de oxigênio;
7. o ácido lático produzido neste processo reduz o pH e facilita a liberação de oxigênio por parte da hemoglobina, além de estimular os centros respiratórios bulbares, aumentando a freqüência respiratória e, com isso, facilitando a eliminação de gás carbônico.
Esta cadeia de eventos assume particular significado se lembrarmos que a hipovolemia, seja por hemorragia como por "seqüestro" de líquidos, é o denominador comum da grande maioria dos eventos traumáticos.
2. OBJETIVO
O objetivo deste estudo é elucidar e esclarecer os efeitos endócrinos, metabólicos e imunológicos que o paciente vítima de trauma vem a apresentar.
3. MÉTODO
Este estudo foi realizado através de consultas realizadas nas obras: SABISTON “TRATADO DE CIRURGIA, As Bases Biológicas da Prática Cirúrgica Moderna”;
Orlando Marques Vieira, Célio Pacheco Chaves, José Eduardo Ferreira Manso, José Marcus Raso Eulálio, “Clínica Cirúrgica, Fundamentos Teóricos e Práticos” ; Prof. Dr. Dario Birolini, Artigo publicado no Boletim Informativo do CBC 1997; 95 (janeiro/março)
4. DISCUSSÃO
A capacidade de responder a determinadas agressões, sejam elas de natureza infecciosa, cirúrgica ou traumática é um componente fundamental apresentado pelos seres vivos.
Se o processo que levou à lesão tecidual é de pequena intensidade e temporário, a restauração da homeostase metabólica e imune prontamente ocorre.
Por outro lado, uma injúria significativa, como a observada no politrauma e queimaduras, por exemplo, pode ocasionar uma deterioração dos processos fenomenais, estes que levam, na ausência de intervenção terapêutica adequada ao óbito.
Apesar da resposta biológica à injúria tenha como princípio básico preservar o organismo, concluímos que, dependendo da intensidade da agressão sofrida, a resposta endócrina metabólica e imunológica pode ser tanto benéfica na recuperação dos indivíduos afetados, como maléfica, como em casos de traumatismos extensos.
Sempre ouvimos falar de resposta endócrino e metabólica ao trauma com elevação esperada de determinados hormônios e diminuição de outros, que obviamente são de fundamental importância e que devemos memorizar.
Entretanto, quando falamos em resposta imunológica, estamos nos referindo à uma quantidade enorme de mediadores humorais e da inflamação, que participam ativamente na resposta à injúria.
Atualmente esses mediadores possuem importância fundamental em cirurgia e determinam em pacientes críticos ou em pós-operatórios, sinais clínicos que anteriormente, eram difíceis de serem entendidos.
Dentre estes mediadores citamos: as citocinas (Fator de necrose tumoral, interleucinas etc.), os radicais livres de oxigênio,os opióides Endógenos, o ácido araquidônico e os produtos de seu metabolismo (prostaglandinas e tromboxanes) e o complemento ativado.

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